Os símbolos do St. Patrick's Day

Nossa homenagem ao St. Patrick’s Day está acabando, e para encerrar, aí vai um pequeno post sobre alguns dos símbolos do feriado.

O Trevo

Com o nome de Shamrock, que provém da antiga língua gaélica e significa 'planta jovem de 3 folhas', é um símbolo oficial da Irlanda, sendo até registrada como marca comercial pelo governo do país. Além de representar a cultura da ilha, também é fortemente relacionada à St. Patrick, que escolheu o trevinho verde para ensinar a Santíssima Trindade ao povo.

Cruz Celta

Combinando uma cruz com um anel, é um símbolo que caracteriza os celtas e tem sua origem antes mesmo do cristianismo. Na Irlanda, o Sol é um símbolo muito importante, então Patrick utilizou essa cruz, também conhecida como Cruz do Sol, para amenizar o impacto de seus ensinamentos no povo, que desde muito antes já se identificava com o símbolo.

Leprechaun

Figura mitológica do folclore da Irlanda, é apresentado como um pequeno homem, de 30 a 50cm, que sempre está ocupado a trabalhar em um único pé de sapato, sendo também conhecido como o sapateiro do povo das fadas. A lenda ainda conta que eles são guardiões e conhecedores de vários tesouros escondidos. Vestidos sempre como na figura ao lado, não gostam de humanos, mas quando com boas intenções, nos dão um par de sapatos, feitos com materiais naturais como flores e gotas de orvalho. Embora não exista uma ligação direta com o santo, são símbolos muito fortes no país e por isso é normal ver fantasias de leprechauns nas paradas do St. Patrick's Day.

Erin Go Bragh!

É uma frase gaélica, utilizada para expressar fidelidade à Irlanda. Significa: Irlanda para sempre! Com o surgimento e sucesso do Partido Patriota Irlandês, a frase começou a ser muito usada para anunciar uma identidade irlandesa. Um fato interessante, que faz referência à St. Patrick, é que em 1847, um grupo de voluntários irlandeses e alguns desertores do exercito norte americano, se uniram com os mexicanos na guerra Mexico x EUA. Esse grupo de soldados era conhecido como Los San Patricios e sua bandeira era composta de uma arpa (símbolo do brasão de armas da Irlanda) com a frase logo abaixo.

Milagres de St. Patrick

Quando Saint Patrick retornou à Irlanda, após completar sua formação religiosa, embarcou em uma jornada para evangelizar os habitantes da ilha. Durante essa jornada, alguns milagres são creditados ao santo:

Patrick expulsa as cobras da Irlanda

Talvez o milagre mais conhecido e retratado do padroeiro da Irlanda. A lenda conta que Patrick baniu todas as cobras da ilha, levando todas ao mar, depois que elas o atacaram durante um jejum de 40 dias que fazia no topo de um monte. Entretanto, todas evidências sugerem que nunca existiram cobras na Irlanda pós glacial. Sendo assim, uma sugestão é que 'cobras' era uma referência à serpente símbolo dos Druidas, que eram membros da classe sacerdotal na Grã-Bretanha, Irlanda e Gália naquela época. Hoje nas escolas da Irlanda é ensinado que essa lenda vai para o centro da missão de evangelização de Patrick na ilha. Esta imagem do santo representa a crença, já que podemos ver Patrick apontando para várias cobras que estão à sua frente.

Cajado se transforma em árvore viva

Em sua jornada, Patrick carregava consigo um cajado. Sempre que chegava à um novo local para evangelizar, ele cravava o cajado na terra, até que pudesse seguir para outro lugar. Em uma de suas paradas, local hoje conhecido como Aspatria (cinzas de Patrick), seus ensinamentos demoraram tanto para atingir as pessoas que quando o santo foi continuar sua jornada, o cajado havia criado raízes onde fora cravado.

Patrick fala com antigos ancestrais irlandeses

A lenda conta que, em suas viagens evangelizadoras, Patrick se encontrou e conversou com os guerreiros Caílte mac Rónáin e Oisín. Ambos eram guerreiros do Fianna, um clã de guerreiros semi-independentes que viviam em florestas na antiga Irlanda e eram frequentemente convocados por reis em tempos de guerra. A história conta que Caílte mac Rónáin e Oisín foram dois dos poucos que sobreviveram à Batalha de Gabhra, onde os Fianna foram destruídos, e de alguma maneira conseguiram ficar vivos até os tempos de St. Patrick.

A vida de St. Patrick

Assim como já falamos, St. Patrick foi um missionário cristão romano-britânico nascido no fim do século IV, no ano de 387, em Kilpatrick, um vilarejo próximo à Dumbarton - Escócia.

Castelo de Dumbarton.

Quando tinha 16 anos, foi raptado por um grupo de saqueadores, na propriedade de sua família, e levado então à Irlanda onde viveu 6 anos em cativeiro - Mount Slemish (foto abaixo) no condado de Antrim ou condado de Mayo perto Killala - são as duas possíveis localidades. Durante este tempo, ele serviu como pastor, cuidando dos rebanhos de seu mestre, afastado de pessoas. Com medo e solitário, se voltou para sua religião buscando conforto e tornou-se um Cristão devoto.

Depois desses 6 anos como prisioneiro, St. Patrick fugiu. Em suas escritas, relata que uma voz, que ele julgava ser Deus, lhe falou em sonho que já era tempo de fugir da Irlanda. Para obter sucesso, caminhou quase 200 quilômetros de seu cativeiro até a costa. Depois de escapar, voltando à Grã-Bretanha, em uma segunda revelação, um anjo lhe disse mais uma vez em sonho, para que voltasse à Irlanda, mas uma vez que fosse como missionário.

Oratório de St. Patrick no condado de Mayo.

St. Patrick começou sua formação religiosa, que durou mais de 15 anos. Depois de ordenado sacerdote, retornou à Irlanda para ministrar aos Cristãos que já moravam lá e começar a converter o povo.

Ele usou símbolos tradicionais do país, para amenizar o impacto dos ensinamentos no povo irlandês. Um exemplo é a sobreposição de um Sol para a Cruz Cristã, criando o que hoje conhecemos como cruz celta. Mas a gente volta a falar dos símbolos no próximo post... =D

Na foto abaixo, podemos ver uma grande estátua do santo, em Saul, County Down. Neste local, acredita-se que St. Patrick fundou sua primeira igreja, em um celeiro que ele ganhou de um chefe local. Além da estátua, também existem painéis em bronze que ilustram cenas de sua vida.

Porque verde no dia de St. Patrick?

É impossível não notar que o verde toma conta das paradas em homenagem ao dia de St. Patrick, inclusive o “Come Sing Along” adaptou-se ao clima irlandês! Quer saber por quê?

O verde é uma das cores da bandeira da Irlanda, além do país ser comumente chamado de “Ilha esmeralda” devido aos seus característicos campos e vales tomados por essa cor. Outro símbolo do país é o trevo, utilizado pelo padroeiro St. Patrick para evangelizar os celtas e ensinar a trindade.

Essa cor também simboliza a esperança e renovação, pois resplandece com a primavera que tem inicio em meados de março. O verde toma conta da Irlanda com o fim do rigoroso inverno.

Não há cor tão expressiva e cheia de significados como o verde para a data. Por isso é comum as pessoas usarem roupas verdes e, entre as crianças, há a brincadeira de beliscar o coleguinha que se esqueceu de se vestir conforme a tradição para o dia.

Algumas cidades animam-se tanto para a semana do dia de St. Patrick que inclusive tingem seus rios com um pigmento verde, como Chicago, nas fotos abaixo.

Shunbun no Hi - 春分の日 - Equinócio da Primavera

O feriado foi estabelecido no Japão em 1948, como um dia de admiração à natureza e o amor à todas as formas de vida! Ele pode ser comemorado tanto no dia 20 como 21 de março, dependendo da data do equinócio da primavera no ano em questão.

O equinócio, na astronomia, é definido como o momento em que o Sol cruza o plano do equador celeste. A palavra vem do latim aequus (iguais) e nox (noite), representando um período em que noite e dia duram o mesmo tempo (12 horas). Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro, definindo as mudanças de estação. No hemisfério norte, a primavera tem inicio em março e o outono em setembro, acontecendo o inverso no hemisfério sul.

A semana do Shunbun-no-hi recebe o nome de Ohigan e é composta pelos 3 dias anteriores, o próprio dia do feriado e mais os 3 dias que o sucedem. Por isso, o feriado também pode ser conhecido como Higan no Chu-nichi (dia do meio do Higan).

Para a religião budista, o Higan é visto como um mundo em contraposição ao Kogan (este mundo), o mundo da iluminação espiritual, onde não há dor e todos os problemas são superados. Sendo assim, é para eles um período de comemoração e veneração aos ancestrais, visitando túmulos para limpá-los e enfeitá-los com flores. Também é uma época em que se deve conversar com a natureza, mostrando respeito e afeição por todas as coisas vivas.

É, sobretudo, uma época de esperança!

Quem foi Saint Patrick

Saint Patrick (São Patrício) foi um missionário cristão romano-britânico, reconhecido como o Santo Padroeiro da Irlanda (ou Apóstolo da Irlanda), apesar de Brigit of Kildare e Saint Columba também serem reconhecidos como santos padroeiros do país. É uma figura bem conhecida do Cristianismo e, mesmo assim, para muitos sua vida continua um mistério.

Nasceu no fim do século IV, no ano de 387, em Kilpatrick, um vilarejo próximo à Dumbarton - Escócia, capital do condado de Strathclyde.

Seu pai, Calphurnius, era de uma família da alta realeza romana e possuia o cargo de diácono na região da Grã-Bretanha. No entanto, muitos acreditam que seu pai assumiu esse papel por incentivos fiscais, portanto, não existem evidências concretas de que ele veio de uma família particularmente religiosa. Entretanto, a mãe de Patrick, Conchessa, era parente próxima do Grande Padroeiro da Grã-Bretanha, St. Martin of Tours.

Até hoje existem memoriais em Kilpatrick e a região recebe frequentes peregrinações para perpetuar ali a santidade e milagres de St. Patrick.

Aos 16 anos de idade, foi raptado por um grupo de saqueadores (piratas), na propriedade de sua família, e levado à Irlanda, onde viveu 6 anos em cativeiro - Mount Slemish no condado de Antrim ou o condado de Mayo perto Killala - são as duas possíveis localidades, sendo a segunda, mais provável.

Estes seis anos de cativeiro vieram como uma providência, uma vez que durante este tempo ele trabalhou como pastor, afastado de pessoas e, com medo e solitário, se voltou para sua religião buscando conforto, e tornou-se um Cristão devoto.

Happy St. Patrick's Day!

Hoje celebramos um dos feriados mais queridos por mim e pelo Mayk, tanto pelo carinho que temos pela Irlanda quanto pelo amor a nossa Igreja e também a história - Today is  St. Patrick’s Day!

Patrick é padroeiro da Irlanda, faleceu no dia 17 de março de 493 d.C (a história desse Santo fica para um próximo post) por isso esse dia é comemorado pelos irlandeses e descendentes celtas com desfiles, músicas tradicionais com direito a gaita de fole, cerveja, culinária típica e muito verde.

O primeiro desfile na verdade foi um desfile militar durante a guerra de independência dos EUA, e com o passar dos anos repetia-se no dia 17 de março em honra a São Patrick. Mais tarde se aperfeiçoou e transformou-se num dia de comemoração também da cultura irlandesa. Dublim tem um dos melhores e mais encantadores desfiles, mas algumas cidades dos EUA não ficam para trás como Chicago, Boston, Washington, New York, St. Louis, Savannah, San Francisco, Philadelphia, Kansas City. Estima-se que entre 1801 e 1921 cerca de 8 milhões de irlandeses emigraram para os Estados Unidos, e no século XIX durante a Grande Fome Irlandesa outros tantos também para o Canadá, por isso o feriado é bastante relevante em algumas cidades desses países.

Hoje é dia dos Irlandeses, cheios de saudade de sua terra natal, reunirem-se para comemorar a sua nacionalidade, lembrar suas origens e festejar sua cultura e tradição.

HAPPY ST. PATRICK’S DAY!

White Day

Hoje, 14 de março comemora-se no Japão o White Day. Um mês após o dia de São Valentin (dia dos namorados)  - quando as meninas presenteiam os meninos com chocolates – é a vez dos rapazes retribuírem.

Essa data teve origem em 1965, quando um fabricante de Marshmallows começou a incentivar os homens a retribuírem as mulheres que lhes presentearam no dia dos namorados com marshmallows. No início o dia foi denominado Dia do Marshmallow. Logo as fabricas de chocolate começaram a motivar também a data e sugerir que retribuíssem também com chocolate branco, daí o nome White Day.

Atualmente os meninos presenteiam aquelas que com carinho lembraram-se deles no Dia dos Namorados não só com chocolate branco e marshmallow mas também com outros tipos de doces e presentes fofos. Também é comum prepararem tanto no Dia dos Namorados quanto no White Day chocolate caseiro e ursinhos de pelúcia feitos em casa.

PS: Quero dedicar esse post ao carinho que tenho pela tradição, valores e cultura japonesa e principalmente a todos os japoneses que de alguma maneira prejudicaram-se com a tragédia do último dia 11.

O Desafio de Catequizar

Ultimamente eu venho pondo o meu tempo inteiro aos estudos e a minha família, o que não deixa de ser uma coisa maravilhosa de se fazer. Mas é exatamente e exclusivamente apenas isso que eu tenho feito, Família e Estudos. Mas esses dias eu recebi o convite de um casal de amigos que eu, particularmente amo muito, pra escrever um texto em seu blog e um dos seus temas seria O DESAFIO DE CATEQUIZAR. Quando eu li o e-mail, e vi esse tema na mesma hora eu me voltei a 4 anos atrás, quando pela primeira vez na minha vida eu sairia de minha cidade Ladário para estudar em Campo Grande, eu me lembro até hoje que o meu primeiro objetivo era estudar e ser um excelente aluno, disse a mim mesmo que me distanciaria das coisas da igreja, uma vez que eu na minha infinita arrogância disse que já tinha feito muito, e que estava na hora de parar por 4 anos pra me formar.

Mas quando cheguei lá, percebi que minha vida sem a igreja seria uma dificuldade ainda maior, foi ai então que corri atrás de umas paróquias mais próximas de minha casa, mas foi em uma que ficava um pouco distante dela que eu encontrei uma atividade pra se fazer, atividade essa que seria um desafio muito grande uma vez que eu nunca havia realizado antes dentro da casa do Senhor. Um amigo de longa data estava dando catequese na Paróquia São João Bosco e sabendo que eu havia me mudado pra Campo Grande me convidou pra ser auxiliar em sua turma de catequese. Pra fala a verdade eu nunca quis ser catequista, sempre fui voltado para a oração, em praticar os Dons do Espírito e essas coisas, mas catequizar seria muito difícil pra mim. Primeiro motivo é que eu não tenho muita paciência com criança, e a turma dele era de 1º etapa, segundo é que sempre tem o medo dos pais falarem alguma coisa pra você referente à educação dos filhos. Vai que eu fale alguma coisa que a criança conte pros pais e eles vem com 8 pedras nas mãos?

No final de tudo eu aceitei o convite e fui com ele, no inicio era tranqüilo e foi ai que no meio do ano, parece que ele sabia que não ficaria por muito tempo e me deixou sozinho com a turma. Cara nesse dia eu realmente fiquei gelado com aquela turminha que não me esqueço até hoje, fiquei pensando ao sair da faculdade no que passar pra eles e sem saber o que fazer, pedia a Deus que me guiasse naquele momento. O encontro daquele dia foi sobre os Dons do Espírito Santo, e falei a eles sobre as dádivas de cada Dom; Línguas dos Anjos, Profecias, Interpretação, Discernimento, Repouso no Espírito, dentre outros. O mais interessante é que todos eles mesmo com 11 anos no máximo já tinham ouvido ou até mesmo visto falar dessas coisas, com os avós ou pais e me perguntavam muito sobre todos eles, pra o que seriam, como fazê-los. O encontro acabou e eles ficaram verdadeiramente animados com aquele dia. No sábado mais a noite, um numero desconhecido me liga atendo e pergunto quem era, a pessoa disse:

É o Thiago o catequista de meu filho fulano de tal?

Eu na onça amarga disse: ahan.............

Olha, eu não sei o quê é que você fez mas adorei meu filho me falando pela primeira vez em 2 anos de catequese sobre a igreja e sobre os Dons de Deus.

Nessa hora eu me sentei rachando o bico, mas na verdade nem de pé depois dessa eu ficava.

Daí em diante foram 3 turmas de catequese e me orgulho em rever os catequizando e eles me cumprimentaram falando sobre retiro, encontros e grupos que estão engajados. Lógico que nem todos estão assim, mas a grande maioria.

Sempre quis me esforçar nas minhas orações pelo próximo, mas a AÇÃO pelo próximo também é muito eficiente.

Sabe gente, hoje jovens e adolescentes são facilmente levados, a paixão que os pegar primeiro pode até dominá-los ou arruiná-los para sempre. Se alguma paixão deve agarrá-los que seja a de Deus, e isso se faz desde criança. O desafio não está em se catequizar alguém, falar exclusivamente sobre a igreja e Deus, mas sim em formar de forma descente o caráter de uma criança e um adolescente. A palavra CATEQUEZE nos lembra de que? De uma época na vida dos católicos que muitos de nós passamos e mal nos lembramos. É justamente isso que não pode acontecer. Uma criança acredita muito naquilo que dizem a ela, agora aplica essa fé inabalável crendo no poder de Deus, ou crendo na capacidade de interseção. É simplesmente divino.

Então gente, fica o DESAFIO, você que tem um primo mais novo, ou um amigo fiel, ou conhece alguém, na oportunidade que uma dessas pessoas lhes perguntarem sobre Deus, catequize essas pessoas, e quando você achar que não tem condições pra passar alguma experiência na fé, lembre se que essa pessoa pode ser a sua primeira experiência em ser a voz de Deus na vida dela e se esforce pra ser canal de graça para alguém.

“felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28).

PAZ E BEM PARA TODOS !!!

Por: Thiago Nascimento